Manifesto

JUNTOS FAZEMOS A UP
Na sequência do processo de criação da primeira comissão de trabalhadores da Universidade do Porto (CT-UP),  entenderam alguns elementos do grupo constitutivo apresentar uma lista candidata às eleições que conduzirão à existência da referida comissão.

O caminho percorrido até aqui, nomeadamente pela dimensão da U.Porto, com uma Assembleia Geral composta por mais de 3900 trabalhadores, traduziu-se num processo longo, trabalhoso e sobretudo estimulante que o grupo constitutivo assumiu com empenho e determinação por considerar que uma comissão de trabalhadores é uma ferramenta inovadora e essencial para a nossa Universidade, enquadrada num modelo de gestão que se pretende participada mas que apresenta uma forte lacuna de envolvimento dos trabalhadores.
O objetivo com que lançámos este projeto, de constituição de uma comissão de trabalhadores da U. Porto, foi o de poder legar a todos nós a faculdade de também podermos vir a ter uma voz na forma como a nossa vida profissional é organizada.
Defendemos desde o início a participação de todos os trabalhadores, incluindo nesta lista docentes e não docentes com diversas categorias profissionais que trabalham em diferentes unidades orgânicas e serviços autónomos para um empenhamento ativo e plural.
Acreditamos que o sucesso da U.Porto será tanto maior quanto a sua capacidade de envolver ativamente todas as pessoas que nela exercem a sua actividade.
Conhecemos bem os deveres e direitos consignados nos Estatutos desta comissão e reconhecemos o trabalho e a responsabilidade que teremos pela frente. Trataremos de motivar a comunidade para a defesa dos interesses e direitos de todos, para a sua valorização pessoal e profissional sempre com uma atitude de diálogo aberto e sem preconceitos, privilegiando o espírito de colaboração e, sobretudo, a transparência no quadro das relações laborais.

Sendo coerentes com este propósito, foi nossa intenção criar dentro da Universidade mecanismos de democracia participativa para que a comissão a ser eleita possa efetivamente cumprir o seu papel de representante de todos os trabalhadores.

Para além das questões de organização e gestão da Universidade, sobretudo as questões que contendem com a gestão e valorização dos recursos humanos que importa muito trabalhar no atual contexto nacional, mas também interno, na nossa instituição, importa igualmente a humanização do nosso local de trabalho, prestando ainda uma atenção desperta aos fatores que poderão fazer do meio em que trabalhamos um meio acolhedor e que dê respostas coletivas e  participativas a questões que, não estando diretamente relacionadas com o trabalho de cada um, em muito influenciam a sua qualidade. Referimo-nos a ouvir a comunidade e tentar perceber que necessidades se vão verificando a nível social e cultural e trataremos de ser criativos, encontrando soluções no seio da Universidade e com a colaboração de todos para dificuldades que muitos de nós sentimos.

Propomo-nos:
Levar a cabo reuniões com os órgãos de governo da U. Porto, promovendo o diálogo construtivo e a transparência nos processos com influência direta na defesa dos interesses profissionais e direitos dos trabalhadores, nomeadamente no que respeita a:

  • Regulamentos internos da U. Porto;
  • Reorganização de serviços;
  • Redução da atividade da Universidade ou encerramento desta a qualquer título;
  • Alteração dos horários de trabalho aplicáveis a todos ou a parte dos trabalhadores da U. Porto;
  • Estabelecimento do plano anual de férias;
  • Emissão de juízos críticos, formulação de sugestões e apresentação de reclamações junto dos órgãos de governo da U. Porto;
  • Criação de subcomissões de trabalhadores (SCT-UP) com o objetivo de conhecer cabalmente a realidade vivida em cada uma das Unidades Orgânicas/Serviços Autónomos;
  • Criação de grupos de reflexão e estudo entre os trabalhadores e os seus representantes na U. Porto;
    Defesa da valorização profissional e distribuição equitativa no acesso a ações de formação a trabalhadores não docentes;
  • Pugnar pela valorização da carreira dos investigadores e seu financiamento,
    nomeadamente através da FCT;
  • Pugnar pelo acesso dos docentes a mais ações de formação em áreas
    relevantes para uma melhoria do processo de ensino/aprendizagem;
  • Ter uma voz ativa na defesa das autonomias pedagógica e científica dos
    docentes, sem prejuízo das necessárias funções de coordenação;
  • Defender que os recursos próprios gerados pelas Universidades sejam
    exclusivamente a elas alocados e que os docentes que participam na oferta de
    cursos que os integram sejam retribuídos de modo condigno;
  • Defender o princípio da autonomia das unidades orgânicas da U. Porto;
  • Pugnar pela revisão urgente do Regulamento Orgânico da U. Porto,
    subordinando-o ao princípio acima referido, sem prejuízo da adequada
    colaboração entre unidades orgânicas, expurgando-o de ilegalidades nele
    contidas;
  • Pressionar os órgãos competentes no sentido de que a revisão em curso do
    RJIES implique um amplo debate participado de todos os trabalhadores
    docentes e não docentes das Universidades Públicas, mantendo-se e
    reforçando-se, quando possível, a autonomia desses estabelecimentos de
    ensino superior;
  • Defender, junto de todas as instâncias universitárias e junto da tutela, um maior
    equilíbrio financeiro e orçamental da U. Porto e das suas unidades orgânicas,
    cientes da atual crise que o país atravessa, mas também do valor matricial do
    ensino superior público como gerador de riqueza.

Trabalhando com Todos e para Todos fazemos uma UP Melhor!